Um grande número de pessoas se reuniu na Praça da Estação, em Belo Horizonte, na noite desta sexta-feira (25), para celebrar o início do feriadão de Carnaval, mesmo com as recomendações de especialistas para evitar aglomerações, já que ainda estamos em um período de pandemia. Vídeos nas redes sociais indicam que a grande maioria das pessoas no local estava sem máscara.
Aparentemente, a concentração se deu de forma orgânica, sem convocação de algum bloco específico. Na internet, há relatos de grande número de foliões na rua Aarão Reis, na praça e na rua Sapucaí, no bairro Floresta.
A Polícia Militar informou que nenhuma ocorrência foi gerada na Praça da Estação no início da madrugada deste sábado (26). Mas sem o planejamento tradicional da Prefeitura de Belo Horizonte para o Carnaval, possivelmente a multidão esteja enfrentando problemas de infraestrutura, como falta de banheiros químicos e limpeza.
Incidência da Covid ainda é alta em BH
A taxa de transmissão da Covid e a ocupação de leitos caíram em Belo Horizonte, mas a incidência da doença ainda é muito alta – acima de 400 casos a cada 100 mil habitantes. Especialistas afirmam que as aglomerações favorecem o espalhamento do vírus e, consequentemente, o surgimento de novas variantes. Afinal, quanto mais pessoas o coronavírus infecta, maiores são as chances de haver mutações.
Após uma briga jurídica entre a Prefeitura de Belo Horizonte e o juiz Wuaner Batista Ferreira Machado, o presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Gilson Soares Lemes, decidiu permitir a realização de festas privadas no Carnaval de Belo Horizonte.
O município decidiu não organizar o Carnaval de rua – deixando de viabilizar o patrocínio para blocos e infraestrutura – por conta da presença da ômicron no país, variante que provocou o terceiro pico da Covid no Brasil. Mas as manifestações espontâneas não seriam criminalizadas, de acordo com o prefeito Alexandre Kalil.
