sábado, outubro 5, 2024
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Veja os desafios dos mineiros na hora de pegar a estrada para as férias

Trechos opostos de uma mesma rodovia trazem desafios distintos para quem vai viajar entre este fim de 2021 e o início de 2022 pela BR-381, caminho para o destino de grande parte dos mineiros nas férias e recesso de réveillon. No sentido Belo Horizonte a São Paulo, o volume de veículos, sobretudo de carga, por 583 quilômetros, testa a paciência dos motoristas. De igual frieza os condutores precisam para vencer os obstáculos da via em obras de duplicação no trecho para Porto Seguro (BA) e litoral da Bahia, percorrendo distâncias às vezes superiores a 1 mil quilômetros, onde parte da estrada é conhecida como Rodovia da Morte, pelo grande índice de fatalidades. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) considera que 71% (110 quilômetros) dos 154 quilômetros da BR-381 de BH a Governador Valadares são ruins ou péssimos.

Quase dois anos após as medidas de afastamento social impostas pela pandemia do novo coronavírus, a vacinação trouxe de volta a possibilidade de ir à praia, ao interior e às cidades históricas com a família e os amigos. Para colaborar com a segurança dos viajantes, a reportagem do Estado de Minas começa hoje uma série que traz as condições e dicas sobre as principais estradas .

O caminhoneiro Lucélio Alessandro Ferreira, de 40 anos, há 20 roda pelas estradas mineiras com destino a diferentes estados do Brasil para entregar flores produzidas na Grande BH. Ele considera que os dois sentidos da BR-381 exigem paciência e atenção, sobretudo por considerar que são viagens muito longas. “Na Fernão Dias, temos um dos tráfegos mais pesados do Brasil, porque ela não liga só BH a São Paulo, mas recebe todo o fluxo pesado de cargas e passageiros que vêm do Nordeste. Vão frutas, verduras e produção industrial. Mesmo com a pista duplicada e o asfalto bom, os viajantes precisam ter mais consciência. Quando pegam um trânsito carregado, ou caminhão pesado e lento nas duas faixas, precisam manter a velocidade controlada, não querer compensar o tempo perdido”, recomenda.

No outro lado, sentido Bahia, a viagem se alonga pela BR-381 até Governador Valadares, onde se toma a BR-116, até Teófilo Otoni, seguindo depois pela BR-418, uma pista mais estreita e muito movimentada nos recessos, rumando a Posto da Mata (BA). O viajante ingressa então na BR-101 até Eunápolis (BA), onde o tráfego é intenso e de lá converge para a BR-367 até Porto Seguro (BA), um dos destinos preferidos dos mineiros. “A BR-381 para a Bahia está melhorando com a duplicação, mas é muito devagar. É uma estrada que já era perigosa, por ter muitas curvas, fica ainda mais insegura com tantos desvios, paradas e bloqueios por causa dos canteiros de obras. Nessa época, entram muitos carros de Minas Gerais e de outros estados e as estradas da Bahia são estreitas. Precisa ter paciência”, aconselha Lucélio Alessandro.

Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), os 154 quilômetros da BR-381 entre BH e Valadares têm 70 (45%) em péssimas condições e 40 (26%) considerados ruins, sendo o restante regular (22 quilômetros) ou bom (22 quilômetros). Os trechos que cortam zonas urbanas são alguns dos pontos onde o asfalto está mais desgastado, com buracos e remendos altos. Algo visível em João Monlevade, na altura do Bairro Cruzeiro Celeste, e adiante 14 quilômetros, em Bela Vista de Minas.

Buracos e interrupções de tráfego para as obras de duplicação da rodovia demandam atenção para os carros tentando driblar os obstáculos do desgaste asfáltico e das obras. Nos 20 quilômetros entre Antônio Dias e Jaguaraçu, as áreas desgastadas se intercalam com trechos já duplicados, mas nem todos abertos, se revezando em zigue-zague entre partes liberadas e segmentos bloqueados que por vezes podem confundir os motoristas.

Para cada dois carros que circulam normalmente pelas vias duplicadas da BR-381 (Fernão Dias) entre Belo Horizonte e São Paulo, um veículo de carga ou ônibus divide a mesma pista, a de maior movimento em Minas Gerais. Mas, em geral, as condições do pavimento estão boas, com pequenos trechos desgastados em Lavras, Campanha e Cambuí, no Sul de Minas.

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