segunda-feira, março 10, 2025
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Congresso tem até junho para votar projeto que dá mais um deputado a MG

Proposta prevê atualização das bancadas estaduais a partir dos dados populacionais do Censo de 2022; Motta quer aumentar número de deputados para 527

O Congresso Nacional retoma as atividades na próxima semana após o recesso de Carnaval. Além da votação do Orçamento de 2025, que deve ser a prioridade do Legislativo na volta aos trabalhos, a Câmara deve começar a discutir uma proposta para redefinir as vagas na Casa.

Em 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o Congresso Nacional aprove, até 30 de junho deste ano, uma lei que redistribui as cadeiras de deputados federais proporcionalmente à população de cada estado, em razão do Censo de 2022.

O deputado Pezenti (MDB-SC) apresentou um projeto prevendo a atualização a partir das estatísticas do Censo, sendo que sete estados ganhariam novos parlamentares – como Minas Gerais, que passaria de 53 para 54 deputados – enquanto outros sete teriam suas bancadas reduzidas. O texto aguarda votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Quem perde:

  • Rio de Janeiro: 4;
  • Rio Grande do Sul: 2;
  • Piauí: 2;
  • Paraíba: 2;
  • Bahia: 2;
  • Pernambuco: 1;
  • Alagoas: 1.

Quem ganha:

  • Santa Catarina: 4;
  • Pará: 4;
  • Amazonas: 2;
  • Ceará: 1;
  • Goiás: 1;
  • Minas Gerais: 1;
  • Mato Grosso: 1.

Além disso, o texto também estabelece que o tamanho da representação de cada estado e do Distrito Federal será anunciada no ano anterior às eleições, baseada na atualização fornecida pelo IBGE.

Acordo pode aumentar cadeiras

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), já sinalizou que deve procurar o STF em busca de um acordo para elevar o número de deputados, que passaria dos atuais 513 para 527, um acréscimo de 14 parlamentares.

“Penso que a solução seria um grande acordo para que aumentemos 14 vagas, para que nenhum estado perca […] Temos que fazer isso até junho, e tenho de ter a garantia de que o presidente Alcolumbre vote no Senado. Temos que fazer o dever de casa para que isso não represente aumento do custo da Casa”, afirmou Motta em entrevista à Rádio Arapuan, de João Pessoa (PB), em fevereiro.

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