Na oportunidade, um banner foi instalado para que aqueles sensíveis à causa assinassem o seu nome firmando acordo com a iniciativa.
O teatro da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA) acolheu na terça-feira (30) a abertura da ação “Laço Branco – Homens pelo fim da violência contra mulheres”. A iniciativa, que faz parte da jornada da campanha “16 Dias de Ativismo”, convocou os homens de Itabira a assumirem o compromisso no enfrentamento às várias formas de violência contra as mulheres. Para contribuir com as discussões, na abertura foi exibido o documentário “O silêncio dos homens”.
O evento contou com a participação de estudantes, conselheiros municipais, servidores públicos, representantes do legislativo, Polícia Militar, Polícia Civil e lideranças comunitárias, além da Comissão Municipal de Enfrentamento à Violência Sexual e Doméstica de Itabira, realizadora da campanha. O grupo reflexivo “Itabira por eles”, que trabalha com homens que foram julgados ou possuem medida protetiva por terem cometidos crimes regidos pela Lei Maria da Penha, também estiveram presentes.
De acordo com o secretário municipal de Assistência Social, Elson Alípio Júnior, Itabira é um município que historicamente vem se posicionando com firmeza a respeito do tema. “A cidade tem uma comissão de enfrentamento à violência contra a mulher que é anterior à Lei Maria da Penha, ou seja, antes de haver uma comoção nacional já existia aqui uma atividade muito presente, com atuação contundente de técnicos sociais, psicólogos e assistentes sociais, por exemplo”, relembrou.
Segundo ele, a campanha é muito importante por ter como objetivo provocar os homens para que eles possam discutir o tema com amigos, familiares, vizinhos e realmente perceberem que há possibilidade de ser um agente agressor. “Precisamos refletir sobre as práticas violentas. O prefeito Marco Antônio Lage tem se posicionado em relação à causa. No plano de metas há dois programas para a pauta: o Itabira Protegida e o Itabira Delas, que visam construir ações de empoderamento, geração de renda e proteção para mulheres e meninas da nossa cidade”, completou Elson Júnior.
Para a psicóloga e coordenadora do Centro de Referência Especializado em Atendimento à Mulher (Cream), Tatiana Gavazza, que deu uma breve contextualização histórica sobre a trajetória de Itabira na luta contra a violência doméstica, ver o teatro cheio de pessoas dispostas a conversar sobre o tema foi incrível. “Estou muito feliz de saber que as pessoas estão preparadas para tocar nesse assunto, que é tão delicado. Campanhas como essa são importantes na nossa cidade por serem fundamentais para que possamos acreditar que estamos no caminho certo, como mulher e ser humano”, afirmou a psicóloga.