Presidenta da Comissão de Direitos Humanos da ALMG defende reajuste digno para servidores. Emendas da oposição que concedem um reajuste maior tem previsão de serem votadas até esta quarta-feira (5/5)
Todos os servidores públicos estaduais merecem ser respeitados e valorizados. A deputada estadual Andréia de Jesus, presidenta da Comissão de Direitos Humanos da ALMG está comprometida em garantir um reajuste justo para os servidores do estado. A deputada propõe um reajuste de, pelo menos, 10, 67%, que cobre a inflação do período.
Andréia de Jesus, que faz parte do Bloco de Esquerda Democracia e Luta, critica a falta de vontade política do governo estadual de conceder um reajuste digno aos servidores. “A recomposição da inflação é um direito previsto na Constituição. Desse direito não abrimos mão.”
O projeto do governo prevê um reajuste geral de 3,62% para todo o funcionalismo público, que não cobre nem a inflação registrada pelo IPCA de 2023 de 4,62%. O índice que calcula a inflação encerrou 2022 em 5,79% e 2023 em 4,62%, resultando em um acumulado de 10,67% no período. No mesmo período (2022 e 2023), a RCL (Receita Corrente Líquida) subiu 11,53%.
“O estado tem receita suficiente para conceder um reajuste maior e dentro da inflação. O bloco de esquerda apresentou uma emenda que autoriza um reajuste de 10,67%, considerando a inflação de 2022 e 2023. Esperamos que as emendas sejam apreciadas pelos nobres colegas para elevar o índice do reajuste aos servidores públicos”, afirmou.
Para a deputada, a maioria dos servidores públicos do estado recebe salários que mal conseguem acompanhar a inflação e o custo de vida. Muitas famílias vivem com dificuldades financeiras.
“A valorização dos servidores públicos não é apenas uma questão de justiça, mas também de eficiência e qualidade dos serviços prestados à população. Os professores, por exemplo, que são a base da nossa educação, têm salários iniciais em torno de R$ 2 mil, enquanto o salário-mínimo calculado pelo DIEESE é de quase R$ 5 mil.”
Imagem :Matheus Soares