ALERTA DE CONTEÚDO SENSÍVEL – A reportagem abaixo contém relatos de estupro que podem agir como ‘gatilhos’ para algumas pessoas.
“Ele disse que foi um acidente, que ele colocou a bebê no colo e ela ia caindo e o seu dedo entrou na vagina dela”, relatou a delegada Kelly Souto. Dois médicos examinaram a criança e ambos atestaram que houve penetração peniana.
No quinto dia de vida, ainda presa ao cordão umbilical, pesando um pouco menos de três quilos e ainda sem nome, uma recém-nascida foi estuprada pelo padrasto da sua mãe, um homem de 39 anos de idade.
De acordo com dois médicos que a examinaram, a criança teve a vulva dilacerada no ato criminoso. Por ainda ser bebê, ela não passará por cirurgia para recompor a sua vagina. Os médicos explicaram que a mucosa da vagina é, por ela ainda ser uma recém-nascida, o tecido vai se recompor normalmente à medida que ela for crescendo.
De acordo com a delegada da Polícia Civil do município de Tapauá, cidade onde ocorreu o crime, Kelly Souto, o estuprador está preso depois de ter confessado o crime.
“Ele disse que foi um acidente, que ele colocou a bebê no colo e ela ia caindo e o seu dedo entrou na vagina dela”, relatou a delegada.
Conforme Kelly Souto, a criança foi examinada por dois médicos e ambos atestaram que houve penetração peniana. O caso chocou a população do município.
O crime
Conforme a delegada, a bebê nasceu no dia 5 deste mês, em um parto cesáreo, e no dia seguinte ela e a mãe receberam alta e foram para casa; a família mora em um flutuante.
No quinto dia depois do nascimento, a avó pegou a criança, colocou-a sobre a sua cama e a deixou aos cuidados do marido enquanto foi tomar banho. Não demorou muito para a criança começar a chorar alto. O homem contou que ela estava chorando porque ele a pegou e ela escapou de cair.
No dia seguinte, quando a mãe foi trocar a fralda da filha, viu que ela estava sangrando muito. O pai do bebê e a avó a levaram ao hospital e então foi descoberto que ela tinha sido abusada.
Estuprador reincidente
De acordo com a delegada, as investigações iniciaram por volta das 11h da sexta-feira (10). “A primeira suspeita recaiu sobre o pai, que foi um dos primeiros a ser ouvido, seguido da avó. Fomos à casa da família ouvir a mãe e depois ouvimos o padrasto da mãe, que negou ser o autor”, contou a delegada.
A certeza de que o padrasto da mãe da criança era o estuprador veio depois da esposa informar que ele já tinha passagem pela polícia por ter estuprado uma adolescente de 16 anos.
“Ele já estava recolhido para investigação quando pedi para a esposa conversar com ele, já que a mesma diz ser evangélica, e pedir para ele contar a verdade. Não demorou muito, ouvi o choro dela e a mesma me falou que o monstro era mesmo o seu marido. Ele havia confessado”, relatou Kelly Souto.
Revolta
O mesmo teve a prisão preventiva decretada pela juíza do município e na noite de segunda-feira (13) veio para Manaus. A população revoltada ameaçava invadir a delegacia para fazer justiça com as próprias mãos.
A delegada destacou que foram seis horas de trabalho de investigação para chegar ao autor do estupro.
“Eu e a minha equipe trabalhamos duramente, subindo e descendo barrancos, andando de canoa para chegar à casa da família. Mas o resultado valeu a pena, pois tiramos um criminoso do convívio da sociedade”, destacou Kelly Couto.
*A Critica.com