Obras retira 52 caminhões de detritos no Planalto. Visa aplica inseticida e emite alerta
A Prefeitura de João Monlevade intensificou neste início de ano, as ações de combate ao Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue. As ações envolvem as Secretarias de Saúde e a de Obras e Serviços Urbanos.
Nos dias 10, 12 e 15 de janeiro, homens e máquinas das secretarias de Obras e Serviços Urbanos trabalharam no bairro Planalto recolhendo entulhos deixados em diversos pontos do bairro. Ao todo, 52 caminhões de lixo, entulhos e restos de capinas e podas de árvores foram retirados das ruas.
Já a Secretaria de Saúde, por meio da Vigilância em Saúde (Visa), realizou nos dias 10, 13 e 16 a aplicação de inseticida com bomba costal nos bairros Santa Bárbara, Novo Horizonte, Jacuí, Sion, São Geraldo, Alvorada, Nossa Senhora da Conceição, República, Paineiras e Teresópolis. A aplicação é realizada somente em ruas e avenidas com casos notificados de dengue.
Conforme a supervisora de endemias da Visa, Renata Santos, o trabalho de aplicação é realizado ao longo do ano, mas é intensificado nos períodos de maior reprodução do mosquito, como vem ocorrendo neste início de ano.
Renata Santos destaca que mesmo com esse serviço, a população tem que fazer a sua parte, evitando o acúmulo de água parada nas residências. “O inseticida é usado para matar o mosquito na fase adulta, porém, isto não elimina as larvas e demais fases do ciclo de vida do Aedes Aegypti. Por isso é importante que a população faça a sua parte, eliminando os locais onde o mosquito se reproduz e receba os agentes de endemias em sua residência”, salientou.
Visa emite alerta e convoca população para combater o mosquito
Além das ações de limpeza e aplicação de inseticida, a Visa emitiu um alerta epidemiológico com orientações aos profissionais e serviços de saúde de João Monlevade, sobre o aumento de casos suspeitos de dengue e chikungunya.
Conforme o alerta, o vírus da dengue sorotipo 3 foi detectado em Belo Horizonte no fim do ano passado. O vírus em questão não circulava significativamente no Brasil desde 2008. Alguns estudos sugerem que o Sorotipo 3 está associado a formas mais graves da doença.
O alerta ainda menciona que especialistas do Brasil inteiro preveem um risco de epidemia de dengue e chikungunya em 2024 causadas pelo sorotipo 3 de magnitudes não vistas há 15 anos no Brasil.
A enfermeira da epidemiologia responsável pelo setor de arboviroses da Visa de João Monlevade, Patrícia Souza e Silva, explica que se confirmada a previsão, os números da dengue este ano devem superar os de 2023. “É preciso um esforço conjunto de todos, não só da Prefeitura, não só da população, mas de toda a comunidade. Cada um tem que fazer a sua parte para combater o mosquito”, concluiu.