Espaço contou com praça de alimentação, shows e barracas da agricultura familiar e de artesanato
Na última sexta-feira (12) e sábado (13), João Monlevade ganhou cores, sabores e muita música com a segunda edição da Feira Regional de Economia Popular Solidária e da Agricultura Familiar do Médio Piracicaba. Ao todo, foram instaladas 62 barracas na rua em frente à Igreja Sagrado Coração de Jesus, no bairro JK. Espaço contou com praça de alimentação, shows e barracas da agricultura familiar e de artesanato. Na sexta-feira (12), o evento contou com a apresentação da dupla Norma e Márcio. Já no sábado (13) o cantor Marcos Marcelo e a cantora Ariella Gonçalves se apresentaram no espaço.
No local, estiveram presentes feirantes dos municípios de Alvinópolis, São Domingos do Prata, Dionísio, Santa Bárbara, Nova Era, São Gonçalo do Rio Abaixo, Bela Vista de Minas, Rio Piracicaba e João Monlevade.
A edição Regional da Feira é uma ação conjunta da Cáritas Regional Minas Gerais, por meio da Cáritas Diocesana de Itabira, bem como da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), Grupo Solidariarte, Fórum Regional de Economia Popular Solidária e do Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), e da Prefeitura de João Monlevade, por meio da Fundação Casa de Cultura.
Opinião – Kamylle Kelly de Souza Miranda, 37, é feirante da cidade de Nova Era e esteve com mais outras quatro pessoas do município durante a Feira Regional. Ela que vende produtos de encardenação na feira de sua cidade, disse que achou o evento em João Monlevade bastante organizado. “Achei tudo bem estruturado e o apoio financeiro para a vinda dos feirantes de outros municípios neste momento foi essencial para a participação de grupos maiores”, disse.
A feirante Elizabeth dos Santos Araújo, 48, veio com mais uma pessoa da cidade para a Feira. Ela ministra aulas de artesanato para crianças e adultos em Bela de Vista de Minas e explica que foi gratificante a experiência. “Foi a primeira vez que eu participei e uma alegria imensa em conhecer outras pessoas nesse espaço de troca em um momento em que eu precisava muito disso”, comenta.
Valdelice Aparecida Moreira Quintão, 51, feirante da agricultura familiar há cinco anos em João Monlevade vende biscoitos de polvilho e quitandas. De acordo com ela, as feiras de Economia Popular Solidária, são espaços não somente de vendas, mas de troca e amizades. “É uma terapia, um lugar que nos ajuda muito no dia a dia e nos garante formação e aprendizado”, disse.
Para a coordenadora da Fórum de Economia Popular Solidária do Médio Piracicaba Elaine Andrade, essa foi uma das feiras com melhor estrutura já realizada nos últimos tempos. “Tivemos muitos elogios e várias pessoas pedindo para que continuemos naquele espaço que agradou bastante com uma área de alimentação separada das atividades dos artesãos”, comentou. Ela aproveitou o momento para agradecer o apoio da Paróquia Nossa Senhora da Conceição na disponibilização dos banheiros e do estacionamento para os feirantes que possibilitou um melhor acolhimento aos barraqueiros. “Foi de extrema importância nesse momento, esse acolhimento do padre Francisco Guerra em nos ceder por dois dias o espaço externo da igreja”, finalizou.
Formação – No início do mês, o grupo do Fórum Regional da Economia Popular Solidária do Médio Piracicaba, recebeu em João Monlevade uma formação ministrada pela representante do Fórum Brasileiro e Mineiro de Economia Popular Solidária, Francisca Maria da Silva, mais conhecida como Xica da Silva. Ela fez uma análise de conjuntura sobre a EPS no Brasil e no estado. A formação teve também como objetivo promover a troca de experiências entre os empreendimentos e sensibilizar gestores públicos para criarem iniciativas de programas e ações direcionados ao fortalecimento da economia solidária no município.
Cáritas – A Cáritas é um organismo da Igreja Católica que apoia iniciativas populares de geração de trabalho e renda. Na Rede Cáritas, a Economia Popular Solidária (EPS) é uma importante articulação que integra campo, floresta e cidade na construção de alternativas que gerem processos coletivos e autogestionários, visando a inclusão social e produtiva de pessoas e famílias vulneráveis afetadas pela pobreza e difícil acesso ao mercado de trabalho.