domingo, setembro 22, 2024
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Criança com hidrocefalia morre com sinais de estupro em Mateus Leme

Uma criança de 4 anos morreu nesse Domingo de Páscoa (9) em uma UPA de Mateus Leme, na região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo a equipe médica, a paciente, que tem hidrocefalia, apresentava sinais de violência sexual, como genitálias com indícios de abuso, visível dilatação anal, ausência de pregas anais e rompimento de hímen.

A mãe da criança, de 30 anos, que acompanhava a menina na UPA, não viu a filha morrer porque “estava ocupada mexendo no celular”, conforme ela mesmo relatou. Um médico foi ao quarto onde estava a paciente para fazer a reavaliação, mas percebeu que a menina já estava arroxeada, temperatura fria e com princípio de rigidez cadavérica. Foi quando ele perguntou à mãe sobre o estado da filha e ela disse que não percebeu nada, pois achava que ela estava dormindo e ficou ao telefone.

A criança foi levada para a sala vermelha da UPA, onde a equipe tentou manobras de reanimação, mas sem sucesso. O óbito foi constatado ainda na unidade de pronto atendimento. Ao examinar a paciente, o médico constatou sinais visíveis de abuso e, por isso, acionou a Polícia Militar e o Conselho Tutelar.

Segundo o histórico da menina, ela deu entrada na UPA na sexta-feira (7) com vômitos e outros sinais de mal-estar. Foi aplicado soro e a menina ficou em observação até a manhã de sábado (8), quando foi liberada. Médicos que estavam nesse plantão relataram que não perceberam sinais de abuso.

A mãe contou que ficou no quarto com a filha, mas achou que ela estava dormindo e ficou no telefone até o momento em que o médico chegou e constatou os indícios do óbito. A mulher alegou que a filha “era muito ressecada e forçava para defecar, por isso tinha o ânus mais aberto” e que na sexta-feira já tinha percebido isso e mostrou à equipe médica, mas todos disseram que não havia vestígios de abuso. A mãe disse que já suspeitava de violência sexual porque “quando chegava bêbada ou sob efeito de drogas, via a criança andando meio tonta e e ficava roçando a vagina com brinquedos, como microfone, mas só na parte de fora da roupa”.

Ainda segundo o relato da mulher, no sábado, após a filha receber alta, deixou ela em casa e foi sozinha para um bar por volta das 20h, onde ficou até de madrugada. Ao voltar, viu que a filha dormia com uma jovem de 18 anos e outra adolescente de 14 anos, que são filhas do companheiro dela.

O pai da criança disse que não tinha suspeita de abusos e que “ficou muito surpreso com a possibilidade de estupro da filha”. Ele contou que trocava as fraldas dela, mas que nunca notou tais lesões ou indícios. Ele alega que também saiu no sábado para procurar a filha dele de 18 anos e voltou por volta de 23h. Ou seja. a criança ficou das 20h às 23h sem pai e mãe, já que ambos saíram.

O adolescente de 14 anos, filho da mulher de 30 e meio-irmão da vítima, negou qualquer autoria em relação ao estupro e não viu sinal de violência na criança. Segundo ele, sequer trocava as fraldas da menina, já que “ele é homem e ela era mulher”. Ele ainda negou que outros homens frequentem a casa.

A equipe médica disse que criança não apresentava visível dilatação anal ou outros sinais de violência sexual no primeiro atendimento e suspeitam que o estupro ocorreu no sábado, possivelmente no momento em que os pais deixaram a criança. O adolescente foi apreendido em virtude da suspeição de ser o possível autor. O fato gerou grande comoção e pela possibilidade dele sofrer algum atentado, a polícia preferiu a apreensão para resguardar a integridade física do menor.

Os pais da criança também foram presos por abandono de incapaz. Por meio de nota, a Polícia Civil informou que investiga morte de menina ocorrida na noite desse domingo. A perícia foi acionada para coletar vestígios que vão subsidiar a investigação. O corpo da vítima foi encaminhado ao Posto Médico-Legal para ser submetido a exames. Os pais da vítima e também o meio-irmão dela foram ouvidos por meio da Central Estadual do Plantão Digital e, em seguida, liberados. 

A investigação prossegue e a Polícia Civil aguarda a conclusão de laudos periciais para atestar as circunstâncias e a causa da morte da criança.

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