sábado, novembro 23, 2024
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Prefeito de Itabira apoia Expedição Piracicaba e a proposta de união da bacia

Marco Antônio Lage concorda com a visão de transformação da bacia em uma unidade geopolítica, garantido maior poder de influência e capacidade de transformação

A integração política e atuação conjunta dos municípios da bacia do Rio Piracicaba é uma das medidas mais importantes para a recuperação desse ecossistema e, assim, garantir a oferta de água para mais de um milhão de habitantes do hidroterritório. Articulações mirando esse objetivo estão sendo empreendidas no contexto da Expedição Piracicaba, projeto que chega à sua segunda etapa e que reúne a ciência e a mobilização social em defesa do principal afluente do Rio Doce.

Em 15 de março, os coordenadores da Expedição Piracicaba, Geraldo Magela Gonçalves (Dindão) e Flamínio Guerra, se reuniram com o prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage, para detalhar a segunda etapa da iniciativa e reforçar a necessidade da união de forças das lideranças políticas da bacia. Itabira, cabe ressaltar, é uma das cidades-polo do hidroterritório.

O prefeito foi um dos grandes apoiadores da Expedição Piracicaba – 300 Anos Depois, projeto desenvolvido em 1999 pelo engenheiro ambiental Cláudio Guerra. Á época, Lage ocupava o cargo de diretor de marketing da Fiat e se colocou como um parceiro estratégico da jornada ocorrida há mais de 20 anos.

Marco Antônio Lage é visto como um político agregador e com boa articulação entre os pares. Ele preside a Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Piracicaba (AMEPI) e foi empossado como vice-presidente da Federação Nacional de Prefeitos. Sua adesão à proposta de reforçar a união entre os municípios da bacia do Rio Piracicaba é um passo importante para se alcançar esse objetivo.

Projetos

Durante a reunião, Flamínio Guerra, presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (CBH Doce), apresentou ao prefeito os projetos desenvolvidos pelo órgão, como o Rio Vivo. A iniciativa é o maior programa hidroambiental em áreas rurais em execução no país, com investimentos na casa dos R$ 70 milhões.

Guerra também abordou a criação da agência executiva AGEDOCE, destacando sua expertise na gestão de bacias. A entidade é uma filial da AGEVAP (Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul), que mantém oito contratos de gestão com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), o Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), atendendo a 17 comitês de bacias hidrográficas.

“Estamos num caminho muito positivo, reunindo parceiros em torno da causa do Rio Piracicaba e do Rio Doce, como a Escola de Projetos e a UNIFEI-Itabira, instituição que coordena a vertente técnica da Expedição. Queremos que essa soma de esforços seja estendida às lideranças políticas da bacia, pois só assim conseguiremos promover as mudanças profundas que a região necessita”, afirma o presidente do CBH-Doce.

A Força da Bacia

Geraldo Magela Gonçalves, o Dindão, diretor do jornal Tribuna do Piracicaba – A Voz do Rio e idealizador da Expedição Piracicaba, defendeu que a inciativa é a melhor ferramenta para monitoramento do hidroterritório, comunicação e mobilização social em prol das águas e da integração da bacia.

“Apesar de sermos um território relativamente pequeno, com apenas 21 municípios, detemos o maior parque siderúrgico da América Latina e o segundo maior complexo minerário do planeta. Somos referência em vários contextos: produzimos o melhor aço do mundo e somos o berço de uma das maiores mineradoras do planeta. É preciso que essa integração política aconteça para que a gestão da bacia seja desenvolvida com a máxima eficiência”, explica Dindão.

O idealizador da Expedição Piracicaba saliente que a bacia hidrográfica é uma divisão geográfica. Ele defende que ela seja transformada em uma divisão geopolítica, ressaltando a influência econômica e social do hidroterritório. “Com uma visão de futuro, Marco Antônio entendeu a mensagem e de forma prática e se prontificou a transformar as ideias apresentadas em planos de ação”, completou o diretor do Tribuna do Piracicaba.

Dindão destaca a necessidade da união de atores como universidades, associações, setor produtivo e gestores municipais para a promoção dessa transformação.

O prefeito de Itabira se colocou à disposição para dar início, junto aos prefeitos da região, um ciclo de debates sobre a proposta de transformação da Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba em uma divisão geopolítica, somando esforços para o desenvolvimento de todos. Afinal, o que acontece em Ouro Preto, reflete em Ipatinga.

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