sábado, novembro 23, 2024
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Fundo de Quintal, Vanessa da Mata e Maria Gadú, no 48° Festival de Inverno de Itabira

“A rua e suas cores” é o tema desta edição que homenageia o artista, jornalista e escritor Márcio Sampaio

 

O show não pode parar! Há 48 anos sem pausas, o Festival de Inverno de Itabira é referência quando o assunto é música, cultura e representatividade. Dos dias 25 de junho a 17 de julho, o evento contará com uma programação descentralizada, capaz de chegar aos bairros, e fazer a cidade inteira ser contagiada pelo clima do festival, que traz como tema “A rua e suas cores”.

Ao todo, serão 22 shows, dezenas de artistas itabiranos no palco, 10 oficinas, seis peças teatrais, oito intervenções urbanas e três exposições. Além da região central, a programação se desenvolve em bairros como Campestre, Candidópolis, Pedreira, Santa Tereza e Gabiroba, além dos distritos. As programações também terão envolvimento das escolas da cidade.

As atrações foram divididas nos palcos “Mundo das Cores”, na Praça do Areão, além das estruturas “Meu tempo no presente”, localizada no Paredão da rua Tiradentes. Também será oportunidade para apresentações voltadas ao público infantil, como os teatros Peter Pan, A Bela e a Fera e Aladim, além da energia carnavalesca dos blocos Orquestra Atípica, Seu vizinho e Pisa no Fulô.

Realizado pela Prefeitura de Itabira e Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA), com patrocínio do Instituto Cultural Vale, a abertura do 48º Festival de Inverno de Itabira será no dia 25 de junho, às 19h, no Memorial Carlos Drummond de Andrade, com a exposição “Vida e obra de Drummond”, feita com a curadoria do neto do poeta Pedro Drummond e do artista Agnaldo Pinho.

No dia 26, às 20h, a Praça do Areão recebe o grupo Fundo de Quintal. Já na quinta-feira (30), será a vez da atração gospel Ao Cubo assumir o palco da Praça do Areão. No dia 3, a festa será comandada pela banda Lagum, também na Praça do Areão, às 20h; e, no sábado (9), o festival conta com o show de Johnny Hooker, às 22h, no mesmo local.

O homenageado desta edição, o artista, jornalista e escritor Márcio Sampaio, também terá uma exposição aberta ao público no dia 7 de julho, às 19h, na Galeria da FCCDA. Direto de Recife, a Academia da Berlinda se apresenta no dia 10, às 19h, também na Praça do Areão. No dia 14, na Galeria da FCCDA, a artista plástica Yara Tupinambá abre a sua exposição às 19h com obras restauradas pela Fundação Cultural.

Já no dia 15, Vanessa da Mata e a Orquestra Opus assumem o palco do Areão às 20h. Para o encerramento, no dia 17 de julho, o festival contará com Maria Gadú e um bis da Orquestra Opus, às 20h. A programação completa estará em breve no site da FCCDA (www.fccda.com.br) e no da Prefeitura de Itabira (www.itabira.mg.gov.br), além das redes sociais do município.

Para o prefeito, Marco Antônio Lage, o 48° Festival de Inverno de Itabira é a reafirmação da Cidade da Cultura, que fomenta a indústria cultural como um forte segmento para a diversificação econômica do município, gerando novas oportunidades, vivências, formações, entretenimento, lazer e geração de emprego e renda. “Itabira é a cidade da poesia, da literatura, da cultura. Queremos teatro nas ruas, música nos bairros, para mostrar a potência que a nossa cidade tem diante da rota dos grandes eventos”, reforça o prefeito.

O superintendente da FCCDA, Marcos Alcântara, destaca que o Festival tem história e nome no Brasil por manter 48 anos de tradição. “O carinho da população é o fator primordial para que a cada edição tenha um toque das vontades da comunidade, buscando universalizar o que há de melhor na cena nacional, regional e local, criando um intercâmbio de saberes e dando cores para a cidade”, reforça.

Ainda, conforme o superintendente, neste ano, o destaque do Festival será às atividades em lugares abertos. “A indústria cultural e a população sofreram muito com o período pandêmico. Hoje precisamos tomar cuidados, mas podemos de forma responsável realizar um festival, gerando impactos com intervenções culturais e tendo nomes de talentos brasileiros que representam os anseios da população, visitantes. Nosso intuito é colorir a cidade, criando conexões por meio das ruas, lugar este de integração”, afirma. 

Homenageado

Nesta edição, o festival traz o nome de Márcio Sampaio como homenageado. Nascido em 6 de janeiro de 1941, em Santa Maria de Itabira, Márcio é filho de Altina Procópio Sampaio e Alberto Sampaio e pai de dois filhos. Jornalista, escritor, crítico de arte, artista plástico, curador e produtor cultural, além de professor aposentado da Escola de Belas Artes da UFMG.

Ainda no início da década de 1960, Márcio fundou, com um grupo de amigos, a revista de vanguarda Ptyx. Realizou sua primeira mostra individual em 1964, mesmo ano em que lançou o livro de poesias Rubro Apocalíptico. Passou a atuar como crítico de arte no jornal Diário de Minas em 1965 e lança seu segundo livro de poemas, O Ciclo de Barro. No ano seguinte, começa a colaborar como ilustrador no suplemento literário do Minas Gerais, recém-criado pelo escritor Murilo Rubião (1916 – 1991). Participou da 9ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1967. Entre 1968 e 1971, é coordenador do Museu de Arte da Pampulha – MAP (Belo Horizonte MG). Em 1971, inicia a série de obras denominada Galeria Antropofágica e, no ano seguinte, assume a coordenação do Palácio das Artes de Belo Horizonte. Ingressou como professor na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais – EBA/UFMG em 1977, e se aposentou em 1999. Em 2005 é realizada na Grande Galeria do Palácio das Artes de Belo Horizonte a exposição Declaração de Bens, retrospectiva de 50 anos de sua carreira.

Tema

O tema “A rua e suas cores”, do 48º Festival de Inverno de Itabira, buscará questionar a cidade e suas ruas, analisando a importância, a espacialidade da rua, a dimensão da vida cotidiana presente em suas formas, uma vez que ela representa a espacialidade das relações sociais. A rua sendo palco de contínuos acontecimentos, em constante movimento, por isso nela a vida social se manifesta. A rua nos revela formas de apropriações e temporalidades, pois guarda em si esta “vivacidade”.

 

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