terça-feira, junho 17, 2025
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Cemig alerta sobre soltar pipas próximas à rede elétrica: prática prejudicou mais de 765 mil clientes em 2024

Somente nos primeiros meses de 2025, a brincadeira já interrompeu o fornecimento de energia para quase 250 mil unidades consumidoras em todo o estado 

Com a chegada do período de ventos mais fortes e pouca chuva, crianças e jovens aproveitam para soltar pipas, uma brincadeira tradicional e divertida, muito comum em Minas Gerais. No entanto, essa prática pode causar prejuízos e até acidentes graves quando realizada próximo à rede elétrica.

Somente no ano passado, 765 mil clientes da Cemig foram prejudicados por essa prática, em 2.664 ocorrências envolvendo a rede elétrica. Na Região Leste de Minas Gerais, mais de 46 mil unidades consumidoras foram afetadas em 210 incidentes.

Nos primeiros cinco meses de 2025, a Cemig registrou 853 ocorrências envolvendo pipas em Minas Gerais, impactando 248 mil clientes. Na Região Leste de Minas, foram 55 ocorrências, deixando quase 10 mil unidades consumidoras sem energia.

Riscos e orientações

O técnico de Segurança da Cemig, César de Jesus Souza, orienta que a brincadeira de soltar pipas nunca deve ser realizada em áreas urbanas. De acordo com o especialista, a soltura deve ocorrer em áreas abertas e distantes da rede de distribuição da companhia.

“Atualmente, com a grande quantidade de redes de distribuição nos centros urbanos, a brincadeira de soltar pipas ficou inviável nesses locais. Caso a pipa fique presa em um componente da rede elétrica, a pessoa pode sofrer um choque de até 13.800 volts. Por isso, é fundamental que os pais orientem seus filhos para evitar acidentes que podem até levar a óbito”, destaca.

O técnico de Segurança da Cemig alerta que nunca se deve tentar resgatar pipas presas na rede elétrica, pois o risco de acidentes é muito grande. “As redes de distribuição, de transmissão e as subestações da Cemig são construídas dentro dos padrões das normas técnicas brasileiras, com características e distanciamento que garantem segurança. Dessa forma, a aproximação indevida e o uso de cerol e linha chilena têm sido os principais causadores de acidentes com a rede elétrica da companhia”, ressalta.

Lei proíbe uso de linhas cortantes em MG

A Lei 23.515/2019 proíbe a utilização de cerol ou linha chilena no estado. Essa legislação, que veda a comercialização e o uso de linha cortante em pipas, papagaios e similares, está em vigor desde dezembro de 2019.

A multa para quem for flagrado vendendo linhas cortantes varia de R$ 5.531 a R$ 276 mil (em casos de reincidência). Quando a linha cortante apreendida estiver em poder de criança ou adolescente, os pais ou responsáveis legais serão notificados da autuação, e o caso será comunicado ao Conselho Tutelar.

Além da legislação, César de Jesus Souza alerta para o fato de que o uso do cerol pode transformar uma simples linha de papagaio em um material condutor e provocar choque elétrico ao entrar em contato com a rede. Além disso, muitas crianças amarram as pipas com arames e fios metálicos. “São materiais altamente condutores e que acabam sendo energizados quando tocam os cabos da rede de energia, causando choque elétrico”, afirma.

Além do risco de ocorrências com a rede elétrica, as linhas cortantes também representam perigo para outras pessoas. “Quando alguém utiliza uma linha cortante, ela pode cortar os cabos de energia e causar acidentes graves para quem está soltando ou para outras pessoas. Nunca se deve usar cerol ou linha chilena nesse tipo de brincadeira”, alerta.

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