terça-feira, maio 6, 2025
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Ligação automatizada que fica em silêncio pode ser golpe? O que fazer ao atender uma chamada desta?

É comum atender o telefone, não ouvir nada do outro lado da linha durante poucos segundos e, logo depois, a chamada ser interrompida. O nome dessa prática, conhecida pelo termo em inglês “ghost call”, ou “chamada fantasma”, são geradas por meio de robôs (robocalls), e são uma prática comum usada por empresas de telemarketing – mas também por golpistas.

Um estudo de 2016 de pesquisadores da Universidade Estadual do Arizona denominado Everyone Hates Robocalls: A Survey of Techniques against Telephone Spam (“Todo Mundo Odeia as Robocalls: Uma Pesquisa de Técnicas Contra o Spam Telefônico”, numa tradução livre), classificou o fenômeno como o “spam” da telefonia. Assim como e-mails indesejados, esse tipo de ligação –mesmo muda– tem como objetivo circular entre o maior número de pessoas possível no menor tempo possível para saber quais dos telefones são “válidos”, ou seja, mais propensos a atender uma eventual chamada.

Esse tipo de disparo em massa, ainda segundo o estudo, foi viabilizado por meio da popularização da tecnologia VoIP (voz sobre IP). Diferentemente das linhas telefônicas tradicionais (PSTN), as redes IP digitais são consideradas um ambiente mais vulnerável a fraudes. A terceirização desse serviço por empresas de telemarketing também contribui para o problema, realizando milhares de ligações simultâneas, segundo o estudo. Muitas vezes, o silêncio ou a queda da ligação ocorrem porque a chamada já foi atendida por outra pessoa.

Golpistas, por sua vez, se valem de “ghost call” para reunir uma base “segura” de potenciais vítimas de seus golpes, já que, sabendo algumas características da pessoa –a voz pode indicar se é um idoso, adolescente, homem ou mulher por exemplo– e assim, cometer os crimes numa nova chamada.

Como se prevenir

Confira a seguir dicas do que fazer, segundo recomendações da empresa de cibersegurança Kaspersky e do Instituto de Defesa de Consumidores (Idec).

  • Desligue assim que perceber que é uma ligação automatizada;
  • Fique atento a chamadas suspeitas: se o número não for identificado, desconfie das chamadas caso não conheça o número;
  • Se atendeu, evite dizer qualquer palavra ao atender a chamada;
  • Utilize plataformas de identificação de chamadas e, mesmo se reconhecer o número e não falar nada, desligue logo;
  • Cadastre-se em lista de bloqueio de telemarketing. Serviços como o “Não Me Perturbe” podem reduzir o recebimento de chamadas de empresas, embora não bloqueiem golpistas. Confira aqui como fazer isso;
  • Bloqueie números individualmente: a opção de bloquear números diretamente no celular pode ser utilizada para chamadas persistentes.

    O que está sendo feito para coibir essa prática

    Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que monitora a situação das chamadas indesejadas desde 2022, criou em abril de 2024 uma série de regras mais duras para as empresas que fazem esses disparos em massa. Elas incluem multas que podem chegar a R$ 50 milhões.

    Em janeiro deste ano, a agência ampliou o monitoramento das ligações indesejadas. Desde 2022 até dezembro de 2024, foram evitadas 184,9 bilhões dessas chamadas.

  • Fonte: Estadão
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