O vereador Bruno Cabeção de João Monlevade, publicou em sua rede social na manhã desta quinta-feira,9 de abril, a cobrança que fez a Secretaria de Educação, para que reveja a medida adotada em restringir o horário do uso do Cartão do Estudante, durante a reunião ordinária da Câmara Municipal, no dia de ontem(8).
“Cuidar das pessoas”.
Essa era a principal mensagem do governo.
Mas como explicar uma decisão que vai justamente na contramão disso?
Estou falando da medida adotada pela Secretaria de Educação, que limitou o uso do Cartão do Estudante e afetou diretamente cerca de 2.074 alunos do ensino médio. Antes, eles podiam usar as duas passagens diárias nos horários que melhor atendessem suas rotinas — com a supervisão dos pais.
Era assim que conseguiam chegar mais cedo à escola para um projeto, participar de curso de extensão, se reunir em grupo para estudar para o ENEM ou cumprir um compromisso como jovem aprendiz.
Agora, o cartão só funciona dentro de horários fixos. Se o aluno sair ou voltar fora desses horários, o cartão simplesmente não funciona. A vida de muitos foi travada. Os estudantes perderam autonomia, oportunidades e, em alguns casos, o direito de sonhar.
Recebo relatos de mães e pais que estão tirando dinheiro da alimentação e de itens essenciais pra pagar passagem pros filhos. Já outros, que não têm como pagar, veem os filhos sendo prejudicados, perdendo aula e motivação.
E tudo isso por quê?
O orçamento da Prefeitura previsto pra 2025 é de meio bilhão de reais.
O valor pago com o cartão do estudante foi de apenas R$222 mil.
O que é isso perto do sonho de mais de 2 mil jovens?
Continuo acreditando que cuidar das pessoas também é garantir o direito de estudar com dignidade. Por isso, sigo tentando convencer o prefeito e a equipe da Educação a rever essa decisão, que considero equivocada, injusta e desnecessária.
Educação é direito. Não pode ser tratada como favor.
E, se for preciso gritar de novo, eu grito. Sempre ao lado dos estudantes.”