Alguns aplicativos de bancos e serviços online de pagamento têm solicitado selfies dos clientes segurando um documento de identidade (RG ou CNH) para a abertura de conta bancária ou emissão de um cartão de crédito e empréstimos . O que era para ser uma forma descomplicada para autenticar a identidade dos clientes e evitar deslocamentos e filas de espera, acabou virando forma de estelionatários enganarem as pessoas.
Acontece assim: um suposto entregador chega até sua residência, com todos seus dados, dizendo que tem uma encomenda já paga em seu nome. Para que a entrega seja confirmada, já com o aplicativo do banco aberto ele pede para tirar sua foto, e, com este reconhecimento, os golpistas realizam saques e empréstimos em seu nome.
Segundo informação interna do Banco Mercantil de João Monlevade, revela que nesta semana, várias pessoas que caíram no golpe, já procuraram a agência. De acordo com as vítimas os golpistas estão usando o nome de empresas conhecidas como Maganize Luiza e o Boticário.
Na quarta-feira, 22/01, foram três pessoas, na quinta-feira (23) quatro vítimas, hoje, (24) mais uma vítima.
A orientação do banco é “ quando receber uma encomenda não permita que ninguém tire sua foto para o reconhecimento facial”.
A Polícia Civil de Minas Gerais registrou um boletim na quinta-feira, trata-se de uma senhora de 73 anos, e vai apurar os fatos. Os outros registros ainda não tivemos acesso.
A PCMG orienta que todo cidadão lesado registre o fato em uma unidade policial mais próxima à residência ou, ainda, pela Delegacia Virtual por meio do link: https://delegaciavirtual.sids.mg.gov.br/sxgn/. Reforça ainda que o crime de estelionato é de ação penal pública condicionada à representação da vítima, o que significa dizer que, para a instauração de inquérito policial é necessário fazer representação criminal no momento do registro da ocorrência.