Contato foi feito por via DE aplicativo de mensagem
Na véspera do feriado da Semana Santa, um jornalista de João Monlevade recebeu, via WhatsApp, ameaça de morte, seguido de extorsão.
Segundo relato, o bandido, que usou o nome de Junior, entrou em contato com a vítima com um número de prefixo 84, Rio Grande do Norte, identificando – se como integrante da facção criminosa PCC – Primeiro Comando da Capital – e, por meio de ameaças de matá – lo, assim como a família dele.
A mensagem começa ironicamente, desejando – lhe uma boa noite. Cita o nome da vítima e pergunta: qual é o problema?
“Quero saber o que tu tem contra minha facção, o que tu tás querendo comigo. Tu quer guerra, é isso? tô querendo entendimento e esclarecimento que realmente está acontecendo por que a Ana e o Felipe tá afirmando que tu anda denunciando meu tráfico de droga aqui na cidade. Isso é verdade? Isso aí procede? Porque, até então procurei saber de você e o meu gerente tá me dando boa referência. Então acho melhor você tá ligando para mim agora para provar tua inocência, porque meus meninos tão querendo invadir, resolver na bala. Então acho melhor tá me ligando agora, para provar tua inocência”.
O jornalista não ligou, mas recebeu a ligação do bandido com muitas ameaças, inclusive, falando que os meninos estavam próximos de sua residência para resolver a situação na bala.
Até que, então a todo o momento, a vítima negando o fato, o golpista usou da sua estratégia.
“ Vou confiar em você e dar ordens para meus meninos voltarem. Meu acerto agora será com a Ana e o Felipe, mas adianta a visão ai. Faz um pix para os meninos voltarem abastecendo a caminhonete que está próxima da sua casa ”.
Perguntado o valor, o golpista disse R$500,00.
Neste momento, o jornalista perguntou quem era a Ana e Felipe e recebeu imagem de um casal, supostamente quem o denunciou. E ainda disse que não tinha nenhum valor no momento e foi pedido a ele um print da conta, comprovando o fato. Foi quando a vítima desligou o telefone.
Mesmo sabendo que se tratava de golpe, o jornalista buscou orientação policial. De acordo com ele, o Tenente José Wilson, da 17ª Cia PM Ind de João Monlevade lhe informou que aquilo era realmente um golpe e o aconselhou a bloquear o contato e denunciar o número de contato na própria plataforma de mensagens.
“Ameaçou minha vida. Não tem como a gente não se assustar e sentir medo”, finalizou o jornalista.