domingo, novembro 24, 2024
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Estado negligencia remédios para pessoas com epilepsia

Denúncia foi oficializada pelo vereador Bruno Cabeção

O vereador Bruno Cabeção denunciou o Governo de Minas Gerais no Ministério Público hoje, 22 de novembro. No documento, o parlamentar indica a ausência do medicamento Lamotrigina 100mg na Farmácia de Alto Custo em João Monlevade. O remédio é utilizado para tratamento em pessoas com epilepsia e transtorno afetivo bipolar.

A Farmácia de Alto Custo atende a população que fez uso contínuo de medicamentos do SUS fornecidos pela Secretaria Estadual de Saúde. O vereador Bruno Cabeção enfatiza que esta denúncia, assim como as demais realizadas durante a legislatura, chegou em seu gabinete através de três cidadãs que fazem o uso regular do fármaco.

“O grande problema é que estes tipos de caso estão se repetindo com frequência, o que me deixa preocupado sobre como o Estado de Minas Gerais está atendendo a população que precisa de acompanhamento de saúde”, desabafa o Vereador. Ele ainda informa que, de acordo com a Farmácia de Alto Custo, são 25 pacientes aguardando o recebimento destes remédios.

“Todos sabemos o quanto que um tratamento médico impacta na vida financeira familiar, porque não são somente os medicamentos que o paciente precisa. Com a ausência deste remédio, as famílias estão precisando se reorganizar para suprir uma demanda que é obrigação do Estado. Uma cidadã me contou que está gastando mais de R$200,00 por mês com estes remédios. E, se o Estado não se movimentar rápido, ela vai precisar se virar até quando?”, questiona Bruno Cabeção.

De acordo com informação da Farmácia de Alto Custo, a Lamotrigina está em falta desde maio de 2023, sem justificativa fundamentada e sem previsão para regularizar o fornecimento.

Denúncia da Morfina

Esta não é a primeira denúncia que o vereador Bruno Cabeção oficializa no Ministério Público sobre a ausência de medicamentos na Farmácia de Alto Custo. No dia 04 de outubro ele denunciou a falta da morfina 10mg, morfina 30mg e do metadona 10mg. Estes medicamentos são utilizados por pessoas que sofrem de dor crônica intensa.

Após a denúncia do parlamentar, a morfina de 10mg foi suprida parcialmente. Porém, até o determinado momento a Secretaria Estadual de Saúde não restabeleceu o fornecimento da morfina de 30mg, que conta com 7 cidadãos aguardando na fila.

“A ausência da morfina é um outro absurdo. Imagina as pessoas que sofrem de dores crônicas por todo o corpo, ou pessoas que estão tratando o câncer sem acesso a este remédio? Tem família gastando em torno de R$800,00 para suprir a ausência do Estado. O problema não é só o financeiro, é a falta de acolhimento e responsabilidade de quem deveria fornecer o direito básico, que é a saúde”, enfatiza Bruno Cabeção.

“Nas duas situações o que mais me indigna é que as farmácias conseguem comprar e vender estes produtos. E, porque o Estado não consegue adquirir para atender os cidadãos, que tem esta garantia por Lei? Mostra a eficiência do setor privado e a negligência do Governo”, desabafa.

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