Agentes serão contratados para atuar durante as aulas, garantindo mais tranquilidade para a comunidade escolar
A preocupação com a segurança nas escolas tem se tornado cada vez mais urgente, diante dos diversos episódios de violência que têm ocorrido em todo o país. Em João Monlevade, a administração municipal não tem medido esforços para implementar ações que proporcionam mais tranquilidade e segurança à comunidade escolar. Na última segunda-feira (17), em um encontro entre membros do governo municipal, gestores de escolas, da segurança pública e vereadores, o prefeito da cidade, Dr. Laércio Ribeiro (PT), anunciou a contratação emergencial de agentes de segurança para todas as escolas da rede municipal.
Serão 15 agentes nas instituições de ensino fundamental e dez nos Centros de Educação Infantil (Cemeis). Os profissionais vão auxiliar aos vigias na adoção de medidas mais rígidas para controle da segurança na entrada das instituições, fiscalização da saída e entrada de veículos e outros. Com exceção dos Cemeis, os agentes de segurança poderão portar detectores de metal.
“É fundamental atender ao apelo da população e adotar medidas imediatas, considerando o enorme contingente de crianças, adolescentes e adultos, sejam eles alunos ou funcionários, que estão sob a nossa responsabilidade nas 18 escolas da rede municipal”, reforçou Dr. Laércio Ribeiro.
Durante o encontro, a secretária municipal de Educação, Maria do Sagrado Coração Rodrigues, reafirmou o compromisso da administração municipal na instalação de câmeras de segurança em todas as escolas. Os equipamentos serão interligados ao sistema de monitoramento da Polícia Militar. A Secretaria de Educação também elaborou uma “carta aberta à comunidade escolar”. No documento são citadas ações para reforço na segurança das escolas como a obrigatoriedade de identificação de todos que entram nas instituições, além do atendimento aos pais com hora marcada. Maria do Sagrado pontuou ainda que os focos das ações de segurança na rede municipal visam também ações pedagógicas como campanhas educativas e a disponibilização de psicólogos e assistentes sociais que analisam os casos e fazem os encaminhamentos necessários. “Não estamos medindo esforços para tratar o assunto com a seriedade que ele exige”, destacou a secretária.
A superintendente da Secretaria Regional de Educação de Nova Era, Cleide Costa, endossou as colocações de Maria do Sagrado e acrescentou aos gestores da educação sobre a importância do encontro para tranquilizar os pais. “Estamos fazendo várias tratativas juntamente com as autoridades e precisamos levar à comunidade todo o envolvimento e disposição de ajuda mútua entre os órgãos de segurança e as instituições de ensino”, falou.
Já o comandante da Polícia Militar de João Monlevade, Tenente-Coronel Edivaldo Ramos Fernandes, confirmou a criação de uma rede de proteção escolar para troca de informações e a intensificação do patrulhamento na porta de todas as instituições de ensino.
Denúncia reforçada
A delegada da Delegacia Especializada de Crimes Contra a Mulher, Criança, Adolescente e Idoso de João Monlevade, Camila Batista Alves, intensificou a importância das denúncias de casos suspeitos e de violência nas escolas. Enfática, a policial alertou que os gestores não podem ser omissos. “Coíbam o mais rápido possível. Os ataques e ameaças começam, em sua maioria, com casos de bullying. As polícias têm técnicas para cuidar disso e a escola não. Peço que assumam o compromisso de informar aos órgãos competentes esses casos para depois não precisarmos tomar providências mais graves”, alertou a delegada.
Camila Batista divulgou o número 190 da Polícia Militar para repasse de informações que necessitam de ações imediatas e balizou que as denúncias podem também ser feitas pelo telefone 181 de forma anônima.
Presentes
Participaram da reunião o chefe de gabinete Geraldo Giovani Silva, representantes de escolas públicas e particulares, do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, o presidente da Câmara Municipal de João Monlevade, Fernando Linhares (União Brasil) e os vereadores da Comissão de Educação Leles Pontes (Republicanos) e Gustavo Maciel (Podemos). Estiveram presentes também os parlamentares Belmar Diniz (PT), pastor Lieberth (União Brasil), Bruno Cabeção (Avante) e Dr. Presunto (PDT).