Uma situação inédita e rara marcou a história do hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte. Seis transplantes bem-sucedidos foram realizados em 16 horas na unidade de saúde. A mega operação aconteceu em 1 de abril deste ano e todos os seis pacientes receptores estão bem. Segundo o coordenador de transplantes do Felício Rocho, Silvério Leonardo Macedo Garcia, o sucesso das cirurgias foi uma união de fatores.
“Primeiro coincidência, já que é um fato raro três doações aconteceram quase que de maneira simultânea no Estado e todos os órgãos serem encaminhados ao Felício Rocho. Toda a equipe, que já realiza esses procedimentos diariamente na unidade, foi mobilizada em um curto espaço de tempo, garantindo os leitos para que todas as cirurgias acontecessem às 16 horas.”, conta.
Ainda de acordo com o gestor da unidade, as doações, que vieram de Varginha, no Sul de Minas Gerais, Divinópolis, na região Oeste, e Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, possibilitaram três transplantes de rim, dois de fígado e um de pâncreas.
A Unidade de Transplantes do Hospital Felício Rocho teve como aliado o Comando de Aviação do Estado (COMAVE), que efetuou o transporte dos órgãos de Divinópolis para Belo Horizonte, durante a madrugada, com o uso de óculos de visão noturna para auxílio do deslocamento.
Conscientização da importância da doação.
Em 2022, realizou 230 transplantes de órgãos, contando com uma equipe interdisciplinar de profissionais especializados, o que é motivo de comemoração para o Hospital. Entretanto, o coordenador da unidade ressalta a importância da doação de órgãos para salvar vidas.
“Quanto mais se fala de transplantes, mais se desmistifica. Hoje, é preciso de autorização de um parente de primeiro grau, então, se esse é seu desejo, avise sua família, para que em caso de morte trágica, morte encefálica, os órgãos sejam doados”, conclui.
*O Tempo
