Promover o amor e a consideração entre pessoas de diferentes religiões. Esse é o objetivo da campanha Respeito Inter-Religioso, que reúne líderes de diferentes crenças para dar um basta ao preconceito. Lançada nesta semana no bairro Padre Eustáquio, na região Noroeste de Belo Horizonte, a ação visa conscientizar os fiéis por meio de um diálogo aberto e do exemplo do pai de santo Bruno Vieira, do bispo evangélico Carlos Damasceno e do padre Vinícius Maciel. Os três se uniram para mostrar que é possível haver uma relação harmoniosa entre todos, apesar das crenças diferentes.
A campanha teve início após vários tipos de ataques a templos religiosos nos últimos anos. De acordo com os envolvidos na ação, foram registrados desde ofensas verbais, passando por provocações como ligar um som alto no momento das celebrações até quebra de imagens de santos.
Responsável pela iniciativa, o pai de santo Bruno Vieira destaca que todas as religiões têm algo em comum e que precisa ser seguido: a prática do amor, do respeito e da caridade.
“Viver em comunidade, em sociedade, significa respeitar as diferenças religiosas, culturais e espirituais de cada um. Então nós, líderes religiosos, prezamos pela liberdade de expressão e respeito mútuo. Esse encontro é um gesto de quebrar barreiras”, afirma ele.
O bispo evangélico Carlos Damasceno destaca que é de suma importância que haja respeito pela “casa” do outro. Para ele, dá para respeitar o espaço de todos. “Nós, como religiosos, como pessoas de fé, precisamos dar o exemplo para que as pessoas tenham respeito pelo diferente. A beleza da vida é ser como é; bonito não é parecer com todo mundo”, diz ele.
O religioso afirma que tem familiares de diferentes religiões e destaca as ações de Jesus Cristo no sentido de promover a harmonia entre as pessoas. “Jesus é a ponte para dialogar com as pessoas”, ressalta.
O padre Vinícius Maciel salienta que é plenamente possível ser convicto da própria fé e ao mesmo tempo respeitar as outras religiões. “Sou um católico convicto da minha fé, mas respeito profundamente as outras pessoas”, diz ele.
