sábado, setembro 21, 2024
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Dono de clínica em que a Monlevadense morreu em BH é investigado por abuso sexual

A morte da engenheira Júlia Moraes Ferro, de 29 anos, após uma cirurgia na clínica Sebastião Nelson trouxe à tona outras acusações contra o estabelecimento. Além da Prefeitura de Belo Horizonte informar que o local não possuía alvará, uma investigação contra o médico responsável pelo local por abuso sexual também foi revelada. De acordo com Marcelo Costa, advogado da vítima – que é ex-funcionária da clínica – o inquérito foi aberto no ano passado depois que a mulher pediu demissão por “não suportar mais as abordagens”. Segundo o defensor, as investidas diárias eram como brincadeiras, toques no corpo, sinais e gestos com conotação sexual.

Costa afirmou que assumiu o caso há alguns dias e que há sigilos nesse tipo de investigação. “Esses toques não eram em partes íntimas, eram bem sutis, seguidos de algumas falas e abordagens (quando houve um contato mais veemente entre os dois), mas tudo de forma muito sutil”, contou. Segundo ele, a cliente foi surpreendida pela repercussão do caso nas últimas horas.

A ex-funcionária, desde então, não conseguiu se firmar em um emprego e faz alguns trabalhos temporários em outras cidades. “Ela não saiu de Belo Horizonte por causa do contexto do abuso, mas sim pela dificuldade com trabalho”, pontuou.

Depoimento

A vítima do suposto abuso vai prestar depoimento à Polícia Civil na próxima terça-feira (3) na apuração sobre a morta da engenheira e irregularidades na clínica. Segundo o advogado, ela ainda não prestou depoimento no caso do abuso a não ser o relato dela no dia do registro da ocorrência.

Polícia Civil

Por meio da assessoria, a Polícia Civil disse que “instaurou inquérito policial e diligências estão em andamento desde meados de 2021 para apuração dos fatos”. “O caso tramita na Delegacia Especializada em Investigação à Violência Sexual. Outras informações serão repassadas após a conclusão das investigações para não prejudicar o andamento do feito”, informou.

Defesa

Procurada, a advogada Bárbara Abreu, que defende a clínica, disse “lamentar profundamente que uma ex-funcionária se aproveite de um momento tão delicado do falecimento de uma jovem”. “A nossa única preocupação agora é quanto aos esclarecimentos do lamentável caso da nossa paciente. Outras distrações não nos farão descumprir nosso dever. O instrumento de enfrentamento aos assédios no ambiente de trabalho as vezes se presta a abusos e desvios. Uma pena presenciarmos a deslegitimação dessa luta. Até o momento, nem os médicos e nem a equipe jurídica têm ciência de qualquer investigação feita pela polícia civil”, inicia a nota.

“A ex-funcionária sempre teve boa relação profissional e de amizade com todos os colaboradores e proprietários. A relação era de tamanha abertura que a própria funcionária enviava mensagens carinhosas com coraçãozinho para a pessoa pela qual ela diz ter sido assediada. No momento do desligamento, a ex-funcionária estava insatisfeita com as verbas rescisórias e inclusive tentou um acordo utilizando áudio cortado e fora de contexto. Como temos segurança na nossa conduta, o acordo não foi realizado. Destacamos que a ex-funcionária não faz mais parte do nosso quadro de colaboradores desde 21 de junho de 2021. Estamos à disposição das autoridades caso em algum momento queiram esclarecer qualquer um dos fatos infundados narrados unilateralmente pela ex-funcionária, mas destacamos agora nossa atenção está canalizada para o caso da nossa paciente”, finaliza o comunicado.

Júlia Moraes Ferro, perdeu a vida, 14 dias após o procedimento
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