segunda-feira, setembro 23, 2024
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Minas deve abolir uso de máscaras em maio

Após a flexibilização do uso de máscaras em ambientes abertos no estado, o governo de Minas pretende avançar mais um passo e desobrigar também o uso do acessório em locais fechados a partir de 1º de maio, disse ontem o secretário de estado de Saúde, Fábio Baccheretti. Os municípios, entretanto, têm autonomia para decidir se mantêm ou não a norma. De acordo com o secretário, a decisão só será oficializada pelo Executivo mineiro se a incidência da COVID-19 continuar a cair em abril e a cobertura vacinal crescer durante o mês.

Em Belo Horizonte, por ora, a máscara segue obrigatória em locais fechados. Por meio de nota, a Secretaria de Saúde da capital se limitou a informar que, por ora, mantém os protocolos vigentes, mas que “as normas são constantemente avaliadas, sempre de acordo com a atual situação epidemiológica da cidade e com o objetivo de garantir a assistência da população”. Araxá, no Triângulo, por sua vez, suspendeu a obrigatoriedade do uso do equipamento de proteção ontem.

Segundo o secretário Baccheretti, os indicadores atuais de Minas balizam a tomada de decisão do governo do estado. Entre ontem e quinta-feira,  foram registrados 3.091 casos e 29 mortes em decorrência da doença provocada pelo coronavírus no estado. A nova cepa em circulação, a BA.2, não apresenta indicativos de  que vá levar a uma piora do cenário ou provocar nova onda da doença. “Estamos com a cepa BA.2, da Ômicron, circulando em Minas e mantemos o mesmo ritmo de queda de casos. A tendência não muda mesmo com a nova variante”, pontua o secretário.

A situação das unidades de tratamento intensivo (UTIs) também está sob controle. Pela primeira vez desde o início da pandemia, em março de 2020, não há pacientes aguardando leitos de tratamento intensivo no estado. Na quinta-feira, 24,3% das vagas de UTIs estavam preenchidas, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).

De acordo com o infectologista Adelino Freire Junior, considerando a análise dos indicadores, que estão em queda, apresenta-se um cenário favorável no estado para o estudo e aplicação dessas flexibilizações. O especialista ressalta, no entanto, que, apesar do aparente controle, é “difícil dizer se está cedo” para que se tome essa medida.

“Temos visto uma segunda onda de Ômicron, relacionada com a BA.2, e é possível que isso chegue aqui também. Mas todas essas flexibilizações são possíveis de ser revertidas, como já foi feito em outros momentos e pode também ser feito agora”.Cobertura O uso de máscaras em ambientes com menor circulação de ar já está desobrigado para cidades que atingiram 80% da cobertura vacinal para as duas doses e 70% para a terceira. Até o momento, 151 dos 853 municípios mineiros  alcançaram os critérios estipulados pela SES-MG. Outras 166 cidades estão próximas de atingir 70% da população com a dose de reforço, incluindo Belo Horizonte. O secretário destacou, ainda, a importância da vacinação infantil para cumprir a meta. “Já aplicamos mais de 1,5 milhão de doses sem nenhum efeito grave. Não estamos falando de pesquisa, estamos falando do fato. A vacina é segura”, afirmou.

Minas  ultrapassou ontem a marca de 82% da população acima de 5 anos com duas doses ou dose única do imunizante contra a doença. Em BH, a cobertura vacinal em relação à população de 12 anos ou mais atingiu 98,3%, tendo como público-alvo 2.199.135 cidadãos. Já em relação à população de 5 a 11 anos, a cobertura para a aplicação da segunda dose ainda é de 23,5%, para uma população de 193.192.

Em Minas , a cobertura de reforço é de 53% do público-alvo. Em Belo Horizonte a situação é um pouco melhor. Até o momento, a dose de reforço atingiu  60,8% do público-alvo

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