sábado, setembro 21, 2024
INÍCIO Belo HorizonteClínica odontológica onde idosa morreu não tem alvará para funcionar em BH

Clínica odontológica onde idosa morreu não tem alvará para funcionar em BH

No início da tarde desta segunda-feira (27/12), uma idosa, de 67 anos, morreu enquanto realizava um procedimento odontológico em uma clínica no Bairro Nazaré, na Região Nordeste de Belo Horizonte. Porém, a clínica onde a senhora se consultava não tem alvará para funcionar na capital. É o que afirma a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) em nota. “A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informa que a Endolife Clínica odontológica Eireli não possui Alvará de Autorização Sanitária no município. O estabelecimento, cujo CNPJ é de outro munício, não está cadastrado no Sistema de Vigilância Sanitária da capital e não há solicitação de Alvará Sanitário para a clínica.”

Ainda em nota, a PBH deixa um alerta aos belo-horizontinos: “o documento deve ficar exposto no estabelecimento e visível para clientes/pacientes.”

Além disso, segundo o Conselho Regional de Odontologia (CRO), o dentista, cujo nome aparece na porta do estabelecimento, tem registro no conselho e está com a situação regular. Entretanto, não é responsável por nenhuma clínica. “Ele colocou na porta da clínica, como sendo responsável técnico, mas ela não é registrada no CRO.  A pessoa jurídica da clínica não é registrada, então não é um local credenciado para atendimento clínico na forma de pessoa jurídica e também não era rota de fiscalização, visto que não tem cadastro no conselho”, explica Raphael Castro Mota, presidente do CRO-MG. “Há uma publicidade desse estabelecimento, que não pode nem ser chamado de clínica, é um consultório avulso que ele (dentista) colocou o nome fantasia, mas não tem o registro oficial como clínica e nem ele como sendo responsável técnico.” Apesar do nome do profissional na porta do estabelecimento, ainda não há confirmação de que ele mesmo tenha feito o procedimento. “Precisamos apurar isso entrando em contato direto com ele, esclarecendo os fatos e solicitando o registro no conselho. A gente também não sabe se esse profissional que está elencado na porta é o mesmo que realizou o procedimento.” “Hoje as informações chegaram, tentamos fiscalização presencial e não foi possível, pois o local estava fechado. Os endereços de contato do profissional também não foram respondidos e amanhã faremos novas diligências logo cedo”, diz Raphael. “Pela nossa lei 4324/64, ele não poderia funcionar sem o registro no CRO. Nós desconhecíamos o seu funcionamento, mas por ter uma empresa constituída, com CNPJ, ele pode estar licenciado junto à vigilância sanitária municipal. Que é o que nós vamos buscar amanhã também, o alvará de funcionamento dele. Mas, há sim essa ressalva, o local deveria estar cadastrado junto ao conselho para exercer suas atividades”, finaliza o presidente do CRO-MG.

A morte da senhora foi constatada pelo Samu, que foi chamado até o local para prestar socorro. A Polícia Civil está investigando o caso.

Fonte: Jornal Estado de Minas

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