Um menino de 11 anos que havia ficado encarregado da tarefa de alimentar os cães da vizinha enquanto ela viajava acabou sendo atacado por um dos animais e morreu de forma brutal. O caso aconteceu nessa quarta-feira dia 15 de dezembro de 2021 no bairro Boa Esperança, no município de São Joaquim de Bicas, região metropolitana de Belo Horizonte, e chocou a população da cidade.
A morte ocorreu por volta das 17h, quando o garoto, chamado Fábio, saiu da escola e foi até a casa da vizinha alimentar dos cães. Segundo a Polícia Militar, ele estava fazendo um favor para a vizinha, que estava em viagem para fora do Estado. Um dos animais, um pastor-alemão, estranhou a criança e o atacou no pescoço e nas partes íntimas.
O corpo foi descoberto pelo pai de Fábio, que estranhou a demora do filho em voltar para casa. Quando ele chegou à casa vizinha, encontrou o garoto caído no quintal. O homem acionou a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, que constataram a morte do garoto.
Segundo o capitão Amilcar Bruno, da PM, o comportamento do pastor- alemão foi hostil até com as equipes de resgate. “O cachorro que fez o ataque ainda estava agressivo e, infelizmente, tivemos que atirar para contê-lo”, explica. O cão foi abatido a tiros, enquanto outro vira-lata foi deixado com vida.
Despedida – O corpo de Fábio foi velado no Cemitério Municipal de São Joaquim de Bicas, ontem. No local, a tristeza era tamanha que quase ninguém quis dar detalhes sobre o ocorrido. Quem conhecia a criança contou que o garotinho era inteligente, educado e muito conhecido entre os moradores da região. “Foi uma tragédia”, disse um parente, que não quis se identificar.
Na cidade, o luto tomou conta dos moradores. “Como mãe e avó, a gente fica ainda mais triste, pois é uma situação que poderia ter ocorrido com qualquer criança”, diz a dona de casa Ana Isis Gomes Carneiro, de 65 anos.
A secretária Heloise Rosa Lopes, de 24 anos, que conhecia Fábio dos tempos em que morou no bairro Boa Esperança, revela que a tragédia abalou a cidade. “É uma notícia muito forte para um fim de ano. Não se falou de outra coisa hoje”, relata.
O vigilante Wellington Ferreira, de 39 anos, espera que o caso seja esclarecido e que alguém seja responsabilizado. “Um caso desse não pode passar batido, o dono desse cão tem que responder”, considera. A Polícia Civil investiga o ocorrido.
Fonte : Jornal O TEMPO